SINDSEF - Sindicato dos Servidores Federais do Estado de Rondônia Projeto que quer fim da estabilidade de servidores facilita política de Estado Mínimo conduzida por governo ilegítimo – SINDSEF – Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Estado de Rondônia
domingo , março 26 2023
Home / Notícias / Destaque / Projeto que quer fim da estabilidade de servidores facilita política de Estado Mínimo conduzida por governo ilegítimo

Projeto que quer fim da estabilidade de servidores facilita política de Estado Mínimo conduzida por governo ilegítimo

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado pode votar nessa quarta-feira, 13, projeto de lei que propõe a demissão de servidores públicos com avaliação negativa de desempenho. Num cenário onde já está aprovada a Emenda Constitucional (EC) 95/16, que congela investimentos públicos pelos próximos 20 anos, essa proposta vem tão somente para facilitar a imposição de uma política de Estado Mínimo conduzida por um governo ilegítimo. Para a Condsef/Fenadsef o projeto não se justifica e precisa ser fortemente combatido. Primeiro porque já existem diversos mecanismos voltados à penalização de servidores que não cumprem suas obrigações. Além disso, exigir desempenho de servidores muitas vezes submetidos a uma realidade onde o descaso, a má gestão e a falta de investimentos do Estado lhes impõem condições inadequadas para efetuar seu trabalho é, no mínimo, contraditório.

Uma das maiores críticas é justamente o fato de que a demissão de um servidor pode ocorrer sem considerar o contexto inadequado de trabalho a que muitas vezes está submetido. Na prática, o concursado poderia, então, ser demitido do serviço público ainda que o eventual mau desempenho esteja relacionado diretamente a condições inadequadas de trabalho. Por isso, no lugar de punir servidores, o projeto estaria mirando no enfraquecimento dos serviços públicos e fortalecendo a política de Estado Mínimo que está em curso no país conduzida por um governo ilegítimo e sem voto.

Há ainda o fator de instabilidade a que o servidor se vê colocado já que perseguições políticas não são incomuns na administração pública. Um servidor terá maior dificuldade em relatar o que considera procedimento indevido, ainda que responsável pelo bom funcionamento da estrutura que atende a população. As perseguições e assédio moral que já são uma realidade no setor público poderão ganhar dimensões ainda mais graves num contexto de insegurança a que o projeto pode expor o servidor.